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Quais tratamentos podem ser feitos por meio de um endoscópio CPRE?

Quais tratamentos podem ser feitos por meio de um endoscópio CPRE?

Esfincterotomia
A esfincterotomia consiste no corte do músculo que circunda a abertura dos ductos, ou papila. Este corte é feito para alargar a abertura. O corte é feito enquanto o médico examina a papila, ou abertura do ducto, através do endoscópio da CPRE. Um pequeno fio em um cateter especializado utiliza corrente elétrica para cortar o tecido. A esfincterotomia não causa desconforto, pois não há terminações nervosas ali. O corte em si é bem pequeno, geralmente menor que 1,25 cm. Este pequeno corte, ou esfincterotomia, permite diversos tratamentos nos ductos. Mais comumente, o corte é direcionado ao ducto biliar, chamado de esfincterotomia biliar. Ocasionalmente, o corte é direcionado ao ducto pancreático, dependendo do tipo de tratamento necessário.

Remoção de pedras
O tratamento mais comum por meio de uma endoscopia digestiva alta (CPRE) é a remoção de cálculos biliares. Esses cálculos podem ter se formado na vesícula biliar e se deslocado para o ducto biliar, ou podem se formar no próprio ducto anos após a remoção da vesícula biliar. Após a realização de uma esfincterotomia para alargar a abertura do ducto biliar, os cálculos podem ser extraídos do ducto para o intestino. Uma variedade de balões e cestos acoplados a cateteres especializados podem ser inseridos através da endoscopia digestiva alta (CPRE) nos ductos, permitindo a remoção dos cálculos. Cálculos muito grandes podem exigir a trituração no ducto com um cesto especializado para que os fragmentos possam ser extraídos através da esfincterotomia.

Colocação de stent
Stents são colocados nos ductos biliares ou pancreáticos para contornar estenoses ou partes estreitadas do ducto. Essas áreas estreitas do ducto biliar ou pancreático são causadas por tecido cicatricial ou tumores que causam bloqueio da drenagem normal do ducto. Existem dois tipos de stents comumente usados. O primeiro é feito de plástico e se parece com um pequeno canudo. Um stent de plástico pode ser empurrado através do endoscópio CPRE em um ducto bloqueado para permitir a drenagem normal. O segundo tipo de stent é feito de fios de metal que se parecem com os fios cruzados de uma cerca. O stent de metal é flexível e abre com molas para um diâmetro maior do que os stents de plástico. Tanto os stents de plástico quanto os de metal tendem a entupir após vários meses e você pode precisar de outra CPRE para colocar um novo stent. Os stents de metal são permanentes, enquanto os stents de plástico são facilmente removidos em um procedimento repetido. Seu médico escolherá o melhor tipo de stent para o seu problema.

Dilatação com Balão
Existem cateteres de CPRE equipados com balões dilatadores que podem ser colocados sobre uma área estreitada ou estenose. O balão é então inflado para distender o estreitamento. A dilatação com balões é frequentemente realizada quando a causa do estreitamento é benigna (não um câncer). Após a dilatação com balão, um stent temporário pode ser colocado por alguns meses para ajudar a manter a dilatação.

Amostragem de tecido
Um procedimento comumente realizado por meio da CPRE é a coleta de amostras de tecido da papila ou dos ductos biliares ou pancreáticos. Existem diversas técnicas de coleta de amostras, embora a mais comum seja a escovação da área com posterior exame das células obtidas. Amostras de tecido podem ajudar a determinar se uma estenose, ou estreitamento, é causada por câncer. Se a amostra for positiva para câncer, ela é muito precisa. Infelizmente, uma amostra de tecido que não mostre câncer pode não ser precisa.